sábado, fevereiro 28, 2004


Encosto-me às paredes com umas quantas pequenas verdades nas mãos cerradas. Não ter as outras já não dói, apenas cansa. O corpo é um rio confundido entre a montanha e o mar. O meu dizer não sustém o mundo. Nem ele as minhas palavras.
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quinta-feira, fevereiro 12, 2004


Sob os meus pés, a lava em grãos torna impreciso o andar. O vento forte põe-me lágrimas nos olhos. Desbasto as impurezas nas palavras e invento uma fraga de desejos.



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sábado, fevereiro 07, 2004


Nenhuma palavra antes dita nos mostrou toda a mentira do mundo. Dizê-lo não basta, nunca bastou.

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Regresso à casa de passar as tardes. O meu guardião está sentado a meditar, coberto de líquenes azuis.

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quarta-feira, fevereiro 04, 2004


O nosso pequeno pedaço de mundo estagnou numa espécie de morte.



Um gesto apenas um pouco mais largo – mas exacto. Um pequeno deslize e é traição.

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