Talvez amanhã comece a escrever um longo poema para ti mais um
em que navego à vista do mundo onde se esconde a palavra-talismã
o silêncio do vizinho de cima desperta-me a tempo de evitar a retórica da repetição
envio-te uma mensagem a dizer que troco um olhar por palavras e um trago de vinho
fico à espera a emendar palavras e a aquecer o vinho e respondes que sim
apetece-me dormir mas ainda vou desenhar um coração de anjo ao contrário
está muito frio no sítio onde se esconde a alma ou um pouco mais abaixo
aconchego-me ao quente de três mil watts e adormeço ao som de uma voz tropical
ao som de uns versos simples e rimas fáceis que mudam a vida toda em versos livres
sonho com a palavra-talismã e amanhã talvez amanheça despido de todas as palavras.
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