quinta-feira, outubro 02, 2003

O corpo contado (5)



A orientação dos pêlos no corpo do homem contemporâneo obedece a uma configuração tal que a região dos ombros seria aumentada quando se eriçassem; isto no caso de ainda hoje possuirmos uma pele como a doas animais. É mais possível que isto se processasse deste modo nos nossos antepassados, como nos demonstra hipoteticamente uma reconstrução de P.Leyhausen.
Nesta reconstrução transporta-se para um antepassado hipotético o sentido de orientação dos pelos na zona do peito e das costas no homem contemporâneo, para mostrar a sua aparência provável quando eriçava os pêlos. Os homens muito cabeludos ainda hoje têm tufos de pêlos nos ombros. Mesmo com o desaparecimento da pele cabeluda, manteve-se no homem (macho) a tendência de salientar os seus ombros.


Nas mais diversas culturas o homem (macho) tem a tendência para salientar os seus
ombros pela moda. Em cima: índio waika; ao meio: actor kabuki (Japão); em baixo: Alexandre II da Rússia.


Laociano saudando


Modo de saudar das mulheres fulbas


Ifes (Yoruba) saudando o seu soberano


Um polícia da República Federal da Alemanha saudando o presidente francês De Gaulle


Saudação a um dignitário egípcio


Chimpanzé fêmea saudando um macho. A inclinação é provavelmente uma forma ritualizada do desafio para o cuidado social da pele.

Imagens e textos de Amor e Ódio - História Natural dos Padrões Elementares do Comportamento, de Irenäus Eibl-Eibesfeldt, Lisboa, Bertrand, 1977 (Prefácio de Bracinha Vieira Tradução de Paulo Jorge Roovers de Almeida). Tudo gostosamente roubado às Luzes da Silvana.

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