quinta-feira, outubro 02, 2003
O corpo contado (6)
Sedução, s. Do lat. seductiōne-, «acto de pôr de parte; separação; sedução; corrupção». Em 1813, Morais.
Seduzir, v. Do lat. seducĕre, «levar à parte; puxar para si; dividir, repartir; seduzir, corromper». Séc. XVI, segundo a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.
Sensual, s. Do lat. sensuāle-, «relativo aos sentidos; dotado de sensação». Séc. XV: «E sabe que o petito sensual nunca se asenhora da razam...». (...) o sentido dever ter aparecido por intermédio do fr. onde a acepção de «que procura os prazeres dos sentidos» já se documenta no séc. XVI.
Sensualidade, s. Do lat. sensualitāte-, «faculdade de sentir, de perceber sensações», com modificação semântica posterior, imposta pelo novo sentido de sensual. Séc. XV: «Na memoria faço duas deferenças: hũa que pertecce a alma racional, e outra aa senssualidade» (D. Duarte, Leal Conselheiro, cap. 2, p. 13).
Sensualismo, s. Do fr. sensualisme. Séc. XIX: «... no andar, tinha algumas vezes um não sei quê que denunciava apetites de um sensualismo profundo e veemente» (Camilo, Fanny, cap. 28).
Pudicícia, s. Do lat. pudicĭtĭa, «pudicícia, castidade, pudor». Séc. XVI, segundo Morais.
Pudor, s. Do lat. pudōre-, «sentimento de pudor, de vergonha, de reserva, de delicadeza, de timidez; sentimento moral, moralidade, honra; ponto de honra, honra; vergonha, desonra, opróbio»; por via culta. Séc. XVI, segundo Moraes.
Pudendo, adj. Do lat. pudendu-, «diz-se daquilo que faz corar, vergonhoso, infamante». Em 1813, Moraes.
Pudente, adj. Do lat. pudente-, «que tem pudor, modesto, reservado, discreto».
Pudibundo, s. Do lat. pudĭbundu-, «que sente vergonha, confusão; vergonhoso, infame. Séc. XVII, segundo Moraes.
Pudico, adj. Do lat. pudĭcu-, «casto, tímido, pudico, virtuoso, modesto; puro, honesto, irrepreensível». Séc. XVI: «A victoria trazia, & presa rica // Presa da Egípcia linda & não pudica», Lus., II, 53.
in Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, Lisboa, 1987
Vincent Serbin, 1992
Sedução. Episódio tido por inicial (embora possa ser reconstruído depois) no decurso do qual o sujeito apaixonado se sente “seduzido” (capturado e encantado) pela imagem do objecto amado (nome popular: amor à primeira vista; nome sábio: paixão).
Roland Barthes, Fragmentos de um Discurso Amoroso, Lisboa, ed. 70, s.d. (1977): 226
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