domingo, novembro 02, 2003
A água a rasar os pés. A beijar a casa.
Queimo oxigénio para separar as palavras. Afastar umas das outras até ao nascer da luz.
Queimo pontes e de olhos vendados atravesso rios.
A viagem é caminhar para a perda. No regresso solto as escamas. O cheiro de perto do fim.
E o meu guardião confirma: decomposição molecular dos sentidos. Insubstância da gramática.
A casa de passar as tardes não tem raízes. Mas sobram-lhe galhos. Em certas horas do dia são-lhe acrescentados dedos. Pequenos artefactos quase inúteis.
Breves fracassos. Nunca as promessas se cumprem.
Na calçada do general o tempo escorre na pressa de apagar os passos perdidos.
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