Noite. Água. Cinza. E cinco velas escarlates a ludibriarem os sentidos.
Um de nós disse: “Um cigarro para apagar a noite.” Um de nós disse: “Um cigarro para acender a noite.” Um de nós disse-o. Tão perto de o poder dizer.
No saguão fenecem flores silvestres. O meu guardião entristece.
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O meu guardião está indeciso entre uma palavra – ou certas palavras – e um corpo. Não tem – não há – nem medida nem balança.
Terão peixes os nossos rios? – pergunto. O meu guardião guarda silêncio – nem sempre sinal de sabedoria.
Nos rios subterrâneos não correm barcas. Nenhuma se despedaçará nos baixios da vida.
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