Uma torre com um leopardo
e cereais e flores e na seteira
arde o navio donde partem as febres.
O anjo da lua, Gabriel, foi a pederneira,
o último fogo
na adolescente prisão dos amores.
Os sinais da terra e do espírito
o outro sol: chamado pelo punho do seu anjo,
Miguel.
O número dos nomes, a cor dos sentimentos,
as imagens de cera fixadas pela água fria
desenham nos céus o serpentário.
A decifração da vida passa por um corpo.
Joaquim Manuel Magalhães, Consequência do Lugar, Lisboa, Relógio d’Água, 2001
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