Descobri por acaso, na edição on line do jornal Notícias da Amadora, que um grupo de teatro de professores de Sintra, Ensaio, escolheu uma peça minha - Ficava tão bem naquele canto da sala - para criar um espectáculo de teatro; é giro saber deste modo que alguém parece gostar do que escrevemos. Se alguém souber como contactar o Ensaio agradeço.
«Criar e consolidar novos públicos, "desde os mais jovens, aos mais idosos, passando pela zona rural e urbana", é o objectivo do Festival de Teatro Amador em Sintra, segundo Nuno Ponte, chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Sintra.
Esta iniciativa não pretende "criar ilhas de cultura", mas "descentralizar as acções de teatro ao nível do município" e dinamizar os diferentes grupos de teatro existentes no concelho, promovendo a sua criação artística. Dos 25 grupos de teatro amador existentes em Sintra, apenas onze estão a participar na 14ª edição do Festival de Teatro Amador de Sintra, organizado pela autarquia, que teve início no passado dia 9 de Maio.O "prazer de fazer teatro" move os quatro jovens universitários que constituem o grupo de teatro "Ensaio", da Associação de Professores de Sintra. Este grupo vai estrear a peça "Ficava Tão Bem Naquele Canto da Sala", de Carlos Alberto Machado, no dia 23 de Maio, na sala de teatro da escola secundária de Mem Martins. Um dia depois exibe-a no mesmo local, para o Festival. O "Ensaio" foi criado há quatro anos para ser um prolongamento do grupo de teatro que existe naquela Martins, constituindo, assim, "uma alternativa para os alunos que ali acabam os seus estudos e que querem continuar a fazer teatro", afirma Eurico Leote, responsável por este grupo. Salienta que uma das principais dificuldades do teatro amador é a inexistência de um espaço físico para ensaiar e que a arte não está adormecida, pelo contrário, "os jovens estão a ser chamados para o teatro e isso inverte as coisas".Para Eurico Leote, esta iniciativa não promove tanto quanto era desejável a troca de experiências entre grupos de teatro amador, na medida em que "há sobreposição de espectáculos. Os actores não vão deixar de fazer o seu espectáculo para ver os dos outros".Porém constitui uma mais valia para o público, na medida em que tem efeitos multiplicadores em termos de práticas culturais.Mais do que servir de veículo para poderem divulgar o seu trabalho, este festival é uma boa oportunidade "para usufruir do subsídio da câmara" já que têm o seu próprio público e actividade regular.Vivem da verba disponibilizada pela autarquia, que atribuiu 750 euros para as ajudas com a montagem da peça, e dos dois euros que cobram por espectáculo e que servem para "cobrir as despesas de manutenção".»
(edição 1.533, de 15 de Maio de 2003)
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