sábado, setembro 27, 2003
Aprender, aprender sempre...
No Inquérito Os Meus Livros, no Mil Folhas de hoje, é a vez do actor Rogério Samora responder. Aprendi o seguinte (aprende-se sempre...):
- É possível não gostar de poesia e gostar do que escreve Herberto Helder. Dúvida: será poesia o que escreve Herberto Helder?
- A Bíblia é um livro que se pode deixar de ler a meio (presumo que em circunstâncias "normais" o Livro começa a ler-se numa ponta e só se acaba na última página).
- Os bons livros são aqueles que podem adaptar-se ao cinema ou à televisão. Exemplos do actor: "Equador", de Miguel Sousa Tavares e "O Memorial do Convento", de José Saramago. Citação: "Grande filme! Seria? Não há é realizador nem produtor nem dinheiro. Eh, eh, eh... nem vontade por parte da política cultural deste país que teima em não existir. Será que Portugal existe? Um país sem identidade cultural e sem respeito pela sua cultura não existe." Pois não....
- Herberto Helder e José Saramago são "compatíveis...
Também já tinha aprendido outras coisas com este actor. No Y de 28 de Fevereiro deste ano, Samora, na altura a interpretar, a solo, uma adaptação de Ricardo III, de Shakespeare diz isto: "(...) Até digo mais: se houvesse um convite para fazer a peça com 40 personagens eu não aceitava. Porque acho a personagem fascinante, mas acho a peça uma seca. Shakespeare é um grande escritor mas às vezes as histórias são muito infantis: o mal é castigado, o bem prevalece. (...)".
Próximo projecto teatral de Rogério Samora: "Berenice" de Racine...
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