A LUA CHEIA
Era uma quente noite de Verão e a Menina brincava ao colo do Pai no cimo de uma montanha. Olha, disse o Pai, a Lua Cheia vista daqui parece ainda mais bonita: quando a Lua está assim é bom para se ter sonhos bonitos. Não gosto da Lua Cheia, disse a Menina e aconchegou-se mais no colo do Pai. Mas porquê, perguntou o Pai, gostavas tanto... Mas agora não gosto. Está bem, disse o Pai. Sabes porquê, Pai? Não, não sei, respondeu-lhe. É que agora, nas noites de Lua Cheia, tenho muitas vezes um sonho de que não gosto nada. E queres contar esse sonho ao teu Pai? Mas a Menina ficou calada. Só te digo se prometeres não contar à Mãe. Prometo, disse o Pai. E então a Menina contou ao Pai que nesse sonho costuma ver a sua Mãe, mas na verdade só a cabeça é que é mesmo dela, do pescoço para baixo é mais como uma boneca e está sempre a ser atacada por monstros muito feios de cabeça roxa, ou verde, com umas patas muito grandes, mas ela defende-se bem e ataca-os e consegue vencê-los. Quando a lua está menos cheia é melhor para ter sonhos bons, concluiu. Pois é, concordou o Pai.
Selo da Inês
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