«é uma tarde de mudez
as folhas nas árvores
as folhas não bulem
e a roupa inerte dos corpos exaustos
na corda onde a rapariga
prende as mãos e elas se soltam
porque não existem
nessa tarde de mudez
apenas o vermelho da cara
onde o rapaz se aplica
com o gosto crescente
do vermelho afluir.»
Ana Paula Inácio, As Vinhas de Meu Pai, Quasi, 2000: 27
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