(Diário de Notícias, 4 de Julho de 2003).
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Ricardo Pais
REACÇÕES
"Ricardo Paes (Encenador e director do Teatro Nacional S. João). «Naturalmente, António Lagarto é muito benvindo, num momento tão difícil para a gestão dos teatros nacionais. Registo com agrado o facto de um artista com créditos na gestão cultural estar à frente de uma instituição de produção cultural.» Luís Miguel Cintra (Actor, encenador, director do Teatro da Cornucópia, que co-produz com o D. Maria II «Tito Andrónico» _ em cena no Rossio _ e «Anatomia Titus: Fall of Rome» _ a estrear na Cornucópia). «É inacreditável que não haja uma definição de política teatral para os teatros nacionais e de fomento da actividade teatral em geral. Na falta dela, é completamente irrelevante discutir nomes de pessoas.» Miguel Abreu (Actor, encenador e director artístico do Grupo Cassefaz e do Teatro Municipal Maria Matos). «Acho bem; não é que não achasse bem o João Grosso, mas, uma vez que não quer continuar, António Lagarto conhece bem o Teatro Nacional D. Maria II, já foi subdirector, trabalhou lá bastantes anos. Assim ele tenha os meios necessários para trabalhar.» João Mota (Actor, encenador e director da Comuna _ Teatro de Pesquisa). «Conheço o António Lagarto há bastantes anos e o que posso dizer é que é uma pessoa muito competente. Mas esta é a primeira vez que ele vai assumir responsabilidades de direcção artística numa companhia de teatro.» Carlos Avilez (Encenador, director do Teatro Experimental de Cascais e ex-director do Teatro D. Maria II ). «Desde que saí do D. Maria II, nunca mais fiz comentários sobre o assunto. Quanto à nomeação de António Lagarto, espero calmo, apenas como observador, mas não faço quaisquer comentários.» Lúcia Sigalho (Actriz, encenadora e directora da Companhia de Teatro Sensurround). «Não tenho por hábito comentar nomes de pessoas. Mas espero que haja rapidamente uma definição das linhas de orientação do D. Maria II. Toda a gente do teatro português está empenhada em que haja uma clarificação da situação do Teatro Nacional D. Maria II.» Jorge Silva Melo (Actor, encenador e director dos Artistas Unidos). «Neste momento estou na Alemanha e não quero comentar coisas que desconheço.»"
(Diário de Notícias, 4 de Julho de 2003).
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Luís Miguel Cintra
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Jorge Silva Melo
«Para o actor, encenador e director do Teatro da Cornucópia Luís Miguel Cintra, "mais do que falar sobre as pessoas que vão ocupar os cargos, interessa discutir uma filosofia global para a actividade teatral. Só depois de definida uma política global é que se pode discutir e definir a função que os teatros nacionais podem ter". Também Lúcia Sigalho, encenadora, actriz e directora da Casa dos Dias D'Água, sublinhou ontem a necessidade de definição das linhas gerais para os teatros nacionais. "É injusto falarmos das pessoas em vez de falarmos dos teatros nacionais. Reconheço-lhe um percurso seríssimo mas é preciso garantias de que a situação do D. Maria seja esclarecida. É preciso definir-se qual a função de um teatro nacional, que devia ser exemplar em termos programáticos e financeiros. Já vai no terceiro ministro sem que a situação do D. Maria se resolva."»
(Público, 4 de Julho de 2003)
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