Comentário do Joaquim Paulo Nogueira (jpn@sapo.pt) ao conteúdo do meu post MUDAM-SE AS MOSCAS... ou ZANGAM-SE AS COMADRES..., de Julho/02:
«a) Comadres? Amaral Lopes e João Grosso? Hum! Nã! Assumo a minha discordância pela estratégia do João Grosso face à formação, através da sua (con)centração de encenadores e actores, c'os diabos, à Casa de A.Garret tem de se pedir mais sobre a dramaturgia portuguesa, e além do mais é de uma grande miopia não perceber que o novo relacionamento entre os dramaturgos e o teatro português contemporâneo tem passado por uma nova atitude na relação entre estes e os encenadores e actores mais jovens, já dizia o Redondo Júnior, como é que ele dizia? como é que ele dizia? pois "A juventude pode salvar o teatro!", mas meter no mesmo saco Amaral Lopes e João Grosso é de uma falta de discernimento que nem se pode deixar respirar um segundo que seja. Blogs à parte, se isto é tudo igual, se nada distingue coisa nenhuma, vamos é colocar a tranca na porta, desistir, fazermos um lopping dos diabos sobre a ponte sobre o Tejo, ponte 25 de Abril, sim, claro, porque esta coisa de nos estarmos a matar aos poucos com aguarás e diluente é pior que uma telenovela das sete. Já disse, tá dito! Um abraço, Carlos.
b) "acrescentando ter a garantia do ministro de que a situação seria "resolvida o mais rapidamente possível".
1. Sir Humprey do "Sim, Senhor Ministro", não diria melhor do que que aquilo que este Ministro garantiu a Paulo Cunha e Silva. Presume-se que sim. Que na sua lentidão crassa o processo está a andar o mais rapidamente possível. Faz parte da própria ideia de serviço público. Não vejo muito o Pedro Roseta a poder dizer que a situação vai ser "resolvida o mais lentamente possível".
2. O que é preciso dizer desde já a alguém que tem a pretensão tão louvável como meritória de ser o provedor dos artistas e da criação, é que ao nosso provedor pede-se que seja uma espécie de voz dos artistas e da criação - voz política, sem dúvida, não será de afonismo que a arte e os artistas vivem - ou seja que faça aquelas perguntas que quem está há seis meses, e entrámos no mês sete, se coloca:
- como é possível que o mais rapidamente possivel seja seis meses de atraso? (nem sempre foi assim. Num passado recente já foi possivel pagar as contribuições do Estado à Criação Teatral a horas atempadas (mais ou menos certas, não nascemos com o Big-Ben na alma, um pouco de folclore e tradição pópular não faz mal a ninguém);
- o que é que deixou de ser possível para só ser possivel assim?
- quem é que vai ser responzabilizado? quem é que nos serviços do Ministério da Cultura acha que " o mais rapidamente possível" não pode ser assim tão depressa....tem de ser assim...como assim...bzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
- é claro que o Sr. Ministro ainda não achou por bem assumir as responsabilidades disso...embora, se calhasse em conversa, o nosso provedor até lhe devia dizer que a nós achamos que ele é o primeiro responsável, pelo menos politicamente, por isso...e que deve haver mais, não tão politicamente...
3. Quanto ao resto, Paulo Cunha e Silva promete. É preciso uma ideia de serviço público para o IA. E vem pôr um bocadinho de colorido nisto tudo. Só por isso já levaria o meu aplauso. É pena é que, se mantiver a palavra, tomará posse tão rapidamente quanto possivel.»
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